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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

vudu

Segundo a crença vodu, os primeiros homens criados eram cegos e foi justamente a serpente que conferiu visão à espécie humana. Sem dúvida, o boneco vodu é o primeiro elemento que vem à mente dos leigos quando se fala em voduísmo. Tal objeto é empregado para invocar os poderes dos deuses do vodu e recebe o nome de fetiche, que significa feitiço. O fetiche é confeccionado por quem irá realizar o trabalho de magia e, enquanto é feito, a pessoa tem de mentalizar os objetivos que quer alcançar com o ritual e “transmitir” sua energia ao boneco. O fetiche deve ser feito com a semelhança anatômica de uma pessoa: cabeça, tronco e membros. Partes indispensáveis para a “eficácia” da magia são os órgãos genitais masculinos ou femininos. 


O boneco precisa ser batizado com o nome da pessoa que irá representar e, geralmente, é feito de massa de modelar, nunca de pano ou outro material. Segundo as sacerdotisas, tais bonecos são feitos para realizar o bem, para se alcançar prosperidade e curas. O que pessoa precisa fazer é perfurá-los com espetos ou alfinetes. Mas na prática as intenções nem sempre são essas. Outro elemento do culto vodu é o zumbi. O cinema norte-americano popularizou esses “personagens” em seus filmes. Todavia, os seguidores do vodu dizem o seguinte: “Aquilo que o cinema mostra é totalmente diferente do que é feito na prática vodu. Os zumbis não são pessoas mortas, como divulga o cinema”. Na verdade, segundo os ensinos vodus, o processo para se chegar a ser um zumbi é feito por meio de ervas que contêm substâncias capazes de deixar a pessoa em um estado de “morto-vivo”. 

Esses compostos de ervas deixam o batimento cardíaco mais lento. As ervas utilizadas pelos sacerdotes têm a capacidade de dilatar as pupilas, fazendo a pessoa perder a sensibilidade à luz e deixando-a em um estado de transe, o que facilita o processo de ritual feito pelo sacerdote, uma vez que o candidato torna-se totalmente manipulável. O pesquisador e antropólogo do museu botânico da universidade de Harvard, Estados Unidos, Wade Davis, que se envolveu com a sociedade secreta do Haiti, foi procurado há algum tempo por dois psiquiatras que acreditavam existir uma poderosa droga capaz de transformar uma pessoa em zumbi. 



Davis explicou o seguinte: “O ritual se dá por meio da magia negra [...] a vítima tem todo o indício de morte aparente, quase não respira, tem a pele fria, quase não tem pulsação e, mesmo assim, está viva”. Isto se deve ao fato de a pessoa ficar horas sem oxigenação no cérebro, o que reduz o seu nível de consciência. O curioso é que entre os componentes da fórmula utilizada pelos feiticeiros podem ser encontrados narcóticos, tetradotoxina, veneno neurotóxico e até veneno de rãs. O feitiço do zumbi Dentro do sistema de crenças vodus, o zumbi é um dos feitiços mais temidos. Muito mais do que a magia dos bonecos. O bokor, praticante de magias e feitiços, possuído por uma entidade chamada Baron Samedi, fornece as diretrizes para a pessoa que deseja praticar a magia. 

O “cliente” tem de ir ao cemitério, à meia-noite, e ali apresentar ofertas especiais às divindades. Dali, ele deve tomar um punhado de terra para cada pessoa que deseja matar (esta é considerada uma magia negra para a morte). Após pegar a terra, o praticante deve espalhá-la pelos lugares em que suas vítimas costumam passar. Depois, retira algumas pedras de um túmulo, as quais servirão como instrumentos para realizar o designo maligno. Quando o praticante joga a pedra na porta da casa da pessoa para qual a magia foi direcionada, a vítima começa a adoecer e a emagrecer, chegando à morte em um curto espaço de tempo. Mas, segundo a crença vodu, o feitiço pode ser desfeito. Se por acaso esta pessoa for diagnosticada a tempo de que recebeu o tal feitiço, ela deve procurar um hungan rapidamente para retirar-lhe a magia e expulsar os maus espíritos. Biblicamente, sabemos que o crente não precisa se preocupar com feitiços de nenhuma espécie, por mais assustadores que sejam. 

A palavra de ordem para que o cristão não seja alvo destes e de outros dardos do diabo é temer a Deus: “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34.7). Em nossas vidas, a maldição sem causa não se cumpre (Pv 26.2). Apesar de tudo isso, existe uma certa militância por parte de alguns voduístas em insistir que a magia vodu trabalha para o bem. No vodu, a idéia de distinção entre a magia do bem e do mal é difundida com esmero, pois a sacerdotisa ou o sacerdote geralmente recusa-se a realizar magia negra que, segundo eles, se destinaria apenas aos bokors – oficiantes do ritual com fins maléficos. Assim, hungans e manbos realizam rituais para o “bem” e os bokors, para o mal. Analisando algumas manifestações afro-brasileiras, vemos que existe também uma grande preocupação em não macular sua prática religiosa, a fim de que seus conceitos e propósitos não sejam confundidos. Os umbandistas, por exemplo, se esforçam em pregar que sua religião desenvolve magias voltadas para o bem, enquanto que a Quimbanda, para o mal. 

Todavia, ao verificarmos as práticas observadas pelos dois segmentos, constatamos que seus elementos ritualísticos são rigorosamente idênticos. Por exemplo, as oferendas com sacrifícios de animais e os toques dos tambores e danças são partes peculiares dos cultos afros. Semelhantemente, isso ocorre também no Candomblé, onde a prática de sacrifícios de animais é “exigida” pelas entidades por ocasião das possessões dos espíritos. Podem-se alterar os nomes, mas as castas espirituais são as mesmas: orixás africanos e santos católicos dividem os mesmos altares. Se no vodu o lado da “esquerda” existe, no Brasil temos a Quimbanda. 

Tal como no voduísmo, nos cultos afro-brasileiros também são feitos “trabalhos” em cemitérios e oferendas em cachoeiras, encruzilhadas, etc. Aliás, muitas iniciações da Quimbanda são feitas em cemitérios. Enquanto no vodu confeccionam-se fetiches batizados com o nome da pessoa que se almeja atingir, nos cultos afro-brasileiros costuram-se as bocas dos sapos com o nome da pessoa dentro. O vodu pede um período de preparo para os iniciados, no Candomblé o iniciado deve se preparar por alguns meses. 

Os pais e mães-de-santo possuem os mesmos atributos dos hungans e das mambos. A prática vodu é feitiçaria sem maquilagem. A Bíblia identifica tais práticas como cultos demoníacos. A história relata que a igreja primitiva teve de ser submetida a constantes advertências por parte dos apóstolos porque os cristãos daquele tempo eram seduzidos a buscar nos feitiços e magias a “felicidade”. Hoje em dia, é isso o que constatamos entre aqueles que não têm suas vidas regidas pela Palavra de Deus. A Bíblia é expressa em apresentar sua oposição aos sacrifícios dos cultos afro-brasileiros ou voduístas: “Que digo pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam é a demônios que a sacrificam e não a Deus...” (1Co 10.19,20). Os haitianos praticantes do vodu acreditam que o homem possui duas almas: Gros bon ange: cuja tradução é: “grande anjo bom”. Essa alma, segundo acreditam os haitianos, tem a capacidade de sair do corpo enquanto a pessoa dorme. E, se não retornar, a pessoa morre. 

Petit bon ange: traduzido quer dizer “pequeno anjo bom”. Essa alma, segundo crêem, proteger e guiar o adepto. Quando a pessoa morre, ela permanece por alguns dias guardando o corpo. Somente após um período de nove dias, contando a partir do sepultamento, é realizado um ritual para afastá-la. Como a reencarnação faz parte da crença vodu, seus praticantes acreditam que a petit bon ange se transforma em algum objeto ou animal, geralmente uma grande serpente. Após a transformação, se aos rituais de sacrifícios e cerimônias, sob a responsabilidade dos parentes, forem negligenciados, a vingança da petit bon ange se volta contra eles.


Carlinhos Lima - Pesquisas






ANDREIA CAETANO PIUMHI MINAS GERAIS/BRASIL

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